Resumo: Apresentação geral do curso. Os dois registros nos quais irá se desenvolver: específico (análise do fenômeno histórico Revolução Francesa) e geral (discussão sobre a idéia de revolução). Dificuldade metodológica: a complexidade do material. Abordagem: da ciência política, e não da história. Dentro da ciência política: fenomenologia religiosa aplicada aos fenômenos políticos. A imanentização da política. Cristianismo como religião religiosa versus Milenarismo como religião política. Agostinho versus Hobbes. Perspectiva política do curso.
Surgimento do conceito contemporâneo de “revolução”. Três mitos/imagens da revolução: a) revolução como fenômeno incontrolável e irreversível; b) revolução como revolta popular espontânea; c) revolução como reação contra o poder arbitrário do Rei. Questionando os mitos/imagens. As “sociedades de pensamento” (Augustin Cochin). Idéias difundidas por todas as “classes” da França do fim do Antigo Regime. Revolução como efeito mais de proximidade social (“crise mimética”) do que de distância social.
A democratização dos espetáculos na França (caso do Balão de Montgolfier, teatros, salões etc.). Análise de Simon Schama em Cidadãos: uma crônica da Revolução Francesa. Beaumarchais e as Bodas de Fígaro. A difusão da sensibilidade romântica. O romantismo nos quadros de Jean-Baptise Greuze. A divinização da natureza. Introdução aos “cultos revolucionários” (Albert Mathiez).
A revolta contra a transcendência e as substituições. Continuação sobre “cultos revolucionários”. Revolução Francesa como uma revolução religiosa. A propaganda e a violência anticlericais. Os philosophes como os novos sacerdotes. A religião civil (ou política) dos iluministas contra o Cristianismo. Os três principais elementos que as diferenciam.