Quando Marx levantou sua crítica ao capitalismo, ele declarou que o que mantém a esfera de opressão geral é não só a infraestrutura material do sistema, mas a existência de uma superestrutura por trás dela que lhe dá toda a legitimação moral. A partir da sua constatação, aqueles que lhe sucederam deram início à criação do instrumento mais adequado para que aquela superestrutura não tarde a ser posta abaixo.
O que será que está acontecendo com as pessoas?
Elas estão cada vez mais burras, não estão mais amadurecendo, estão cada vez mais doentes, os crimes estão cada vez mais bárbaros, a impunidade fica cada vez maior, tudo é cada vez mais relativizado, as famílias estão acabando, as igrejas estão secando…
Parece haver algo muito errado com os humanos.
“Estamos num tempo de loucura geral como nunca antes na história”, o leitor pode pensar. “Isso só pode significar que estamos no fim do mundo”.
Ou você pode se perguntar: Como assim? Quando não houve algo de errado com os humanos?
Ao longo da história, nós já enfrentamos conflitos sangrentos, crimes absurdos, corrupção aos montes… Então, o que há de novo?
É, isso pode ser verdade.
Mas há, talvez, para nós, um elemento inédito na história, que, surgido em nossa época, possibilita que a “nossa loucura” seja muito maior, grotesca e evidente do que todas as outras: o sujeito de consciência crítica.
E ele não é mais do que um produto tardio do marxismo.
Considerando como as coisas estão atualmente, é até um pouco clichê colocar a culpa de tudo no marxismo, que virou o grande destruidor e avassalador de tudo. Mas, de certa forma, ele é mesmo.
Sem o marxismo, o nosso sujeito de consciência crítica não existiria e, conseqüentemente, “a nossa loucura” talvez não fosse muito mais interessante do que qualquer outra ao longo da história.
Se você não está convencido, tenha calma.
Nós explicaremos no próximo texto a ser publicado neste blog.